10.13.2008

Vitória 0-0 Braga

Um derby é um jogo que ninguém quer perder. Não perder foi, por isso, um mal menor para o Vitória. A equipa de Cajuda teve sempre a iniciativa de jogo, mas não teve ideias para contrariar a fala de frescura física. Daí que Eduardo, o guarda-redes do Braga, tenha apenas participado no jogo para recolher cruzamentos.

Por outro lado, as melhores ocasiões do jogo foram do Braga. Especialmente de Renteria, o avançado colocado pelo Porto, que teve quatro oportunidades claras e não fez melhor do que atirar ao lado ou ser desarmado por um insuperável Nilson.

O Vitória durou apenas 30 minutos. Enquanto houve pulmão e pernas, os de Guimarães jogaram melhor e tiveram um par de boas oportunidades. Depois, foi um deserto de ideias e de forças. E o Braga a ameaçar no contra-ataque.

Este foi também um jogo de choque, especialmente a meio-campo, facto potenciado pelos esquemas tácticos dos dois conjuntos, que apostaram num maior povoamento do sector intermediário. Esta situação e o facto de este ser um derby, por isso mais exposto a paixões, dentro e fora de campo, era um jogo difícil.

Mas Pedro Proença acabou por fazer uma muito boa arbitragem. A prova é que foi o segundo melhor árbitro da jornada, na classificação média atribuída pelos órgãos de comunicação social nacionais. Proença foi apenas superado por Jorge Sousa, que dirigiu o acessível Naval-Belenenses, e teve praticamente nota máxima.

Os grandes erros da arbitragem acabaram por ser dos fiscais de linha, nomeadamente o árbitro que actuou junto ao banco de suplentes do Vitória. Durante todo o jogo errou vários lances de fora-de-jogo e de lançamentos de linha lateral. Sendo lances menores do encontro, acabaram por irritar os jogadores.

A isto há que juntar um ou outro erro de avaliação de Proença no critério disciplinar, ainda assim nada que chegue para dar nota negativa à sua prestação. Os homens de Braga queixaram-se de uma penalidade, na primeira parte, por falta de Danilo sobre o atacante. Num lance de canto, os jogadores estão “entrelaçados” e o homem de vermelho acaba por se deixar cair. Era Renteria. Quem mais?

Veredicto Contabilidade Organizada: +0

10.03.2008

Vitória 2-0 Portsmouth (2-2 ap)

Missão difícil à partida para o encontro da segunda-mão da 1ª eliminatória da Taça UEFA. Ponto um: o Vitória não devia estar aqui. Ponto dois: no jogo da primeira-mão, Fajardo falhou um penalti e dificultou a tarefa vitoriana.

A equipa de Guimarães entrou a perder 2-0. Cajuda inovou com um 4x4x2 em losango e a equipa teve uma dinâmica extraordinária na primeira parte. Foram os 45 minutos do Vitória em muitos meses. Uma verdadeira exibição de gala, a fazer acordar nas memórias dos vitorianos algumas das melhores noites europeias.

Aos 18 minutos, Douglas responde a um cruzamento de Luciano Amaral a abre o activo. Primeira explosão no estádio. Os ingleses quase não tocavam na bola, enleados pelo jogo colectivo vitoriano. Aos 31, na sequência de um livre, João Alves aumenta a contagem a empata a eliminatória. Até ao intervalo o Vitória continuou a dominar o jogo e podia mesmo ter aumentando a contagem.

O intervalo acabou por ser bom conselheiro para os britânicos. Com outra disposição táctica, o Portsmouth anulou o Vitória e começou a criar problemas através das subidas dos seus laterais. Cajuda demorou a mexer na equipa e, quando o fez, não teve sorte. Carlitos entrou bem para segurar Traoré, mas lesionou-se pouco depois. Entraram os inconsequentes Coral e Fajardo e o Vitória começou a perder fôlego, não mais conseguindo demonstrar a dinâmica da primeira parte.

Veio o prolongamento, mas faltaram as forças. Ainda assim foram do Vitória as melhores iniciativas de ataque. Até que, em cinco minutos, o árbitro turco – que já tinha demonstrado toda a sua incompetência com a ausência de critério na marcação de faltas e admoestação – resolve o jogo. Minuto 100, Diarra agride Andrezinho. O francês fez oito faltas ao longo da partida e não viu nenhum cartão, muito menos o vermelho que se justificava por esta acção.

Minuto 102, penalti sobre Douglas. Falta sobre o avançado vitoriano na área do Portsmouth, não assinalado. Minuto 104, golo do Vitória. Flávio toca a bola para o fundo das redes. O lance é bem anulado. No minuto seguinte, com o fantasma de Basileia a pairar sobre os vitorianos, Crouch salta com Andrezinho e faz o golo dos ingleses. Estava praticamente sentenciada a eliminatória. Os jogadores do Vitória já não tinham forças nem frescura para mais e, no segundo tempo do prolongamento, o gigante britânico, fez o seu segundo golo e acabou com o sonho vitoriano.

Veredicto Contabilidade Organizada: A UEFA é uma máfia